Thursday, February 21, 2013

Reseña Crítica_"Policentrismo urbano y ajuste del sistema de ciudades en Galicia”


PRECEDO LEDO, A. & MÍGUEL IGLESIAS, A. “Policentrismo urbano y ajuste del sistema de ciudades en Galicia”. (Revista de Xeografia, Territorio e Medio Ambiente, nº 7), 2007.

Este é um trabalho apresentado à disciplina Geografia dos
Sistemas Urbanos da Faculdade de Geografia da
Universidade de Santiago de Compostela
(Washington Paulo Gomes)

Este trabalho tem o intuito de fazer uma análise critica, partindo de algumas reflexões realizadas através da leitura do artigo “Policentrismo urbano y ajuste del sistema de ciudades en Galicia” produzido pelo professor Precedo Ledo e seu colaborador Míguel Iglesias. Deste modo, buscarei trabalhar as questões de policentrismo, cidade média e área metropolitanas, fazendo algumas comparações com as realidades do Brasil.
Neste sentido, este artigo parte da hipótese de que as cidades médias podem se posicionar como cidades subglobais, mediante os processos de inovação e criatividade, para que assim, possam conquistar uma vantagem comparativa de competitividade baseada na qualidade de vida.
Assim sendo, surge nossas primeiras perguntas. Qual é o processo de inovação e criatividade que as cidades “galegas” estão passando? O que são cidades subglobais?
Segundo os autores, podemos destacar que, diferente das regiões brasileiras, a região da Galicia possui uma característica policêntrica, no que tange a organização territorial de suas cidades, ou seja, são cidades com proporções espaciais e demográficos semelhantes, onde não tem uma única cidade que se destaca de forma exacerbada em relação as outras. Ainda neste sentido, Precedo & Míguel, vão nos falar que possuir policentros é uma vantagem para a região do ponto de vista do equilíbrio territorial.
Entretanto, já surgiram muitos planos e varias tentativas de fazer uma conexão entre as cidades de La Coruña – Vigo – Porto, a fim de buscar a formação de um eixo metropolitano de dimensão regional. Neste caso, Vigo e La Coruña, são cidades que aceleram o processo de metropolização a partir de um processo inicial de concentração de crescimento urbano a nível regional, introduzindo o princípio de bicentrismo urbano na estrutura policêntrica tradicional.
Neste momento, me chama atenção outros questionamentos. Como podemos falar de metrópole dentro de uma região policêntrica? E qual é o conceito de metrópole utilizado pelos os autores? Será este o processo de inovação das cidades galegas?
No decorrer do texto podemos ver que o conceito de cidades subglobais, pode ser definido como as cidades médias que possuem novos papéis em um novo mapa global, ou seja, são aglomerações médias de ordem internacional.
A cidade de Vigo possui uma economia urbana cada vez mais especializada, tem um poderoso centro tecnológico (complexo de automóveis) onde operam muitas empresas multinacionais, é muito forte em relação a construção naval e hoje possui a maior população de toda a Galicia.
Desta maneira, a cidade de La Coruña possui um importante complexo industrial como, petroquímicas, metalúrgicas, carboquímica, alumínio, alimentação e etc., é também uma cidade terciaria e financeira, e vem inovando em relação a “industria da cultura” e é a área urbana com as atividades mais diversificadas de todo a Galicia.
Ainda neste sentido, e com bastante importância temos a cidade de Santiago de Compostela, que é considerada a capital regional da Galicia, isso vem reforçando a sua importância administrativa e de serviços. A cidade se baseia em dois pontos fundamentais, qualidade de vida e cultura. A sua economia se orienta através do turismo religioso.  
Pensando nessas, informações obtidas pelo artigo podemos ver que há uma grande paridade funcional entre as cidades, o que reforça ainda mais a questão do policentrismo.
Porém, ficaram algumas questões que não foram possíveis encontrar as respostas no texto, e neste sentido vamos buscar fazer uma relação com a realidade brasileira para tentar suprir algumas lacunas deixadas pelos autores.
A maior questão que pensamos em ter ficado para a discussão é: Como uma região policêntrica pode ter duas áreas metropolitanas?
É valido resaltar que o processo de urbanização brasileira demorou muito mais para ocorrer do que nas cidades europeias, tendo inicio na década de 1930 com o passar dos anos muitas cidades forem sendo criadas. Em 1950, temos a marcha para o oeste, quando vemos o interior do país também sendo ocupado por uma parcela da população formando cidades por todo o pais em mais áreas do país.
O que de fato quero trazer para a discussão aqui é que o conceito de metrópole (área metropolitana) é utilizado de forma muito diferente no Brasil, pois nossas áreas metropolitanas são criadas a partir das funções centrais que uma determinada cidade tem na sua região de influência que normalmente é numa escala nacional. Todas as nossas metrópoles tem uma população superior a 1 milhão de habitantes, mas neste caso é valido deixar claro que o fator demografia não deve influenciar na criação ou não de uma metrópole e sim as suas funcionalidades.
Para concluir, podemos dizer que do ponto de vista do bem estar social, das formas de organização e planificação do território e do equilíbrio territorial,  ter uma região policêntrica é bastante importante. Mas de fato o que vimos é que as cidades “galegas” tendem a modificar o seu modelo de organização.

1 comment:

  1. Mais cres posible un sistema policéntrico no Brasil? e un sistema metropolitano policéntrico?

    ReplyDelete